
Cuidar de si é um ato de amor: o que a campanha Outubro Rosa vem nos lembrar
Outubro chegou tingido de rosa como lembrete suave e poderoso de que cuidar dos seios é um gesto de amor próprio.
Em meio aos laços, campanhas e reflexões deste mês, é vital resgatar a origem da ação e entender como a informação certa pode salvar vidas.
Hoje é dia de conversarmos sobre o Outubro Rosa! Vamos lá?
Você vai descobrir como surgiu, o que é o câncer de mama, dados recentes, prevenção, um guia prático de autoexame e como agir com leveza e atenção em relação ao seu corpo.
O Outubro Rosa
O movimento Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos com a Corrida pela Cura, na década de 1990, como forma de mobilizar a sociedade pela conscientização do câncer de mama.
No Brasil, as primeiras ações datam de 2002, com monumentos iluminados e campanhas locais.
Em 2018, tornou-se lei federal uma política nacional de sensibilização.
Mais do que um mês, ele simboliza união, empoderamento feminino, educação e transformação, mas é também um convite constante para manter o olhar atento sobre nossa saúde.
Câncer de Mama
O câncer de mama é um grupo de doenças que se desenvolvem quando células mamárias crescem desordenadas e podem formar tumores, invadir tecidos próximos ou se espalhar.
No Brasil, para o triênio 2023–2025, estima-se cerca de 73.610 novos casos por ano, com taxa ajustada de 41,89 casos por 100 mil mulheres.
Em 22 anos, a taxa de mortalidade por essa doença aumentou 86,2 % no Brasil, o que reforça a urgência de rastreio e diagnóstico precoce.
Saiba prevenir
A melhor forma de lidar com o câncer de mama é evitando que ele apareça.
E essa prevenção vai muito além dos exames: começa com gestos diários de cuidado, escolhas equilibradas e atenção gentil ao próprio corpo:
-
Alimentação equilibrada e qualidade do peso corporal. Reduza o consumo de alimentos ultraprocessados;
-
Atividade física regular: exercícios moderados contribuem para equilíbrio hormonal;
-
Evitar consumo de álcool e tabagismo: são fatores facilitadores para mutações celulares;
-
Terapia hormonal ou uso prolongado de anticoncepcionais deve ser acompanhado por médico;
-
Se houver casos na família, converse com profissional de saúde para avaliação genética;
-
Embora o autoexame não substitua exames de imagem, ele desperta a sensibilidade ao próprio corpo. Faça sempre;
-
Para mulheres entre 50 e 69 anos, recomenda-se mamografia a cada 2 anos.
É sobre criar uma rotina de autocuidado com consciência e leveza, respeitando o seu ritmo. Afinal, quando a gente se escuta e se cuida com carinho, o corpo responde com equilíbrio e força.
Faça o autoexame
O autoexame mamário é um gesto de conexão com o próprio corpo e não deve ser encarado como método definitivo de diagnóstico. Ele complementa, mas não substitui exames clínicos e mamográficos.
Como fazer: passo a passo
-
Diante do espelho, observe as mamas com braços ao lado, depois com mãos na cintura e depois com braços elevados — veja alterações no formato, ondulações ou retrações.
-
Toque em posição deitada, com leve pressão dos dedos sobre a mama (do centro para a periferia), comparando os dois lados.
-
Examine a região acima da clavícula e as axilas. As mamas se estendem nessa direção.
-
Faça o exame periodicamente, preferencialmente entre o 7º e 10º dia do ciclo (quando as mamas estão menos sensíveis).
-
Relate ao médico qualquer anormalidade (caroço, secreção, retração, mudança de textura), mesmo que mínima.
Importante: se algum sinal de risco for identificado, busque avaliação médica mesmo que o autoexame não confirme nada.
Como agir
Se um exame clínico ou de imagem sugerir algo diferente, procure especialistas confiáveis. Nem toda alteração é tumor.
A medicina evoluiu bastante: tratamentos, terapias e diagnóstico precoce aumentam as chances de recuperação e acompanham qualidade de vida.
Compartilhar sua história, conversar com quem passou por isso, buscar suporte psicológico ou grupos de apoio também é parte do cuidado.
Permita-se cuidar do emocional, além do corpo.
5 Dicas Extras de GB
-
Use um sutiã de algodão confortável à noite, para permitir ventilação suave da pele.
-
Ao aplicar cremes corporais no tronco, aproveite para observar sua pele e mamas com atenção.
-
Troque lençóis e pijamas com frequência. Pele e suor merecem frescor.
-
Busque grupos femininos locais ou virtuais para troca de apoio e informação.
-
Agende lembretes anuais para exame clínico e mamografia, criando esse cuidado como hábito.
Esse mês realmente nos lembra que nosso corpo é território de cuidado, amor e atenção. Não deixe passar sem agir com consciência: conheça suas mamas, cuide de si e compartilhe essas orientações com quem você ama.
Você tem dúvidas ou viveu alguma experiência nessa jornada? Conte para a gente nos comentários ou acesse o atendimento para conversar conosco.